ROTEIRO DE APRENDIZAGEM - GRAFITE - ARTE - 1º ANO A, B, C e D
ROTEIRO DE
APRENDIZAGEM – 4º BIMESTRE
EE Chojiro Segawa
Professora: Eunice
E-mail: euniceanjos@professor.educacao.sp.gov.br
Componente Curricular: Arte
Turmas: 1º anos A, B, C e D
Roteiro de atividades a serem
realizadas em casa pelos alunos, devido a pandemia do novo coronavírus.
Quantidade de aulas: 02
Objeto de conhecimento: O “Eu” e o
“Outro” e os diferentes grupos sociais e étnicos, heranças culturais.
Habilidade: (EF15AR25) Conhecer e valorizar
o patrimônio cultural, material e imaterial, de culturas diversas, em especial
a brasileira, incluindo-se suas matrizes indígenas, africanas e europeias, de
diferentes épocas, favorecendo a construção de vocabulário e repertório
relativos às diferentes linguagens artísticas.
Objetivos: - Formas de expressão e
representação de diferentes culturas. Identificar elementos da cultura indígena
e afro-brasileiros da nossa manifestação popular.
Estratégias e desenvolvimento
Cocar (indígena)
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Um
cocar de guerra das tribos Creek norte-americanas.
Um cocar é
o adorno usado por muitas tribos indígenas americanas na
região da cabeça. Sua função variava de tribo pra
tribo, podendo servir de adorno a símbolo
de status ou classe na tribo.
Geralmente, é confeccionado de penas presas a uma tira
de couro ou de outro material.
Significado
Sua
beleza era considerada de importância secundária: o valor real do cocar estava
em seu suposto poder para proteger o usuário. O cocar é de uso apenas para
ocasiões especiais e é altamente simbólico. É conquistado por meio de atos de
coragem na batalha: as penas significavam os próprios atos. Alguns guerreiros
poderiam ter obtido apenas duas ou três penas de honra em toda a sua vida, pelo
fato da alta dificuldade para conquistá-los. O cocar também foi uma marca maior
de respeito, porque nunca poderia ser usado sem o consentimento dos líderes da
tribo.
Uma
grande honra, por exemplo, era conferida ao guerreiro que houvesse sido o
primeiro a abater um inimigo no campo de batalha, pois isso significava que o
guerreiro estava na dianteira da frente de combate. Penas foram entalhadas e
decoradas para designar um evento e contar histórias individuais, como matar,
capturar arma e escudo de
um inimigo, e se o ato tivesse sido feito a cavalo ou a pé.
Em
algumas tribos, cocares foram desenvolvidos para determinados indivíduos com
permissão especial para caçar aves de rapina, como a águia. Algumas tribos permitiam que somente o
guerreiro caçasse suas próprias águias. Esta era uma missão perigosa e demorada
e significava que ele deveria deixar a tribo e viajar para o local onde o
pássaro poderia ser encontrado, podendo ser em outro país. Quando o objetivo era alcançado,
cerimônias eram realizadas para atrair os espíritos dos pássaros que seriam mortos.
O
cocar do chefe é feito de penas recebidas por boas ações para a sua comunidade
e é usado em grande honra. Cada pena representaria uma boa ação. O cocar de
guerra do guerreiro, assim como o capacete romano, era usado pelos guerreiros
para proteção durante a batalha.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Cocar_(ind%C3%ADgena)
TURBANTE
– CULTURA, MODA E ESTILO
O turbante é um símbolo
cultural, que está na moda e esbanja estilo. O significado deste adorno tão
especial para a cultura africana diz muito sobre o processo de formação da
nossa própria cultura. Conhecer as origens culturais do turbante através do
tempo e discutir a apropriação cultural deste elemento tão rico é também uma
forma de reconhecer e valorizar a nossa identidade afro-brasileira.
·
·
Em alta na moda atualmente, o turbante é visto pela maioria das
pessoas como um acessório estético que serve para adornar a cabeça e demonstrar
charme, estilo e beleza. Ele é visto como algo que “está” na moda. E muita
gente o usa somente por isso. Mas o turbante é um elemento cultural, que está
associado principalmente às culturas asiática, africana e brasileira.
Usar o turbante especialmente para as culturas africanas,
afro-americanas e afro-brasileiras é também um símbolo de resistência ao
aculturamento, de afirmação de sua identidade cultural e de luta contra a
discriminação e o preconceito racial. A questão é cultural e um ato político,
que vai muito além da moda e do estilo.
Os turbantes estão na moda dentro de uma tendência chamada
“étnica”. O que significa que é uma moda pertencente aos hábitos e costumes de
um determinado povo. Este povo, por sua vez, se identifica culturalmente com
este estilo porque foi criado historicamente por seus ancestrais. Este povo se
veste de sua cultura, de um estilo próprio, que os distingue, reconhece e valoriza.
Entender a história cultural do turbante, principalmente o
africano é se reconectar com nossas origens, com o processo de formação da
cultura brasileira e mundial, visto que o Brasil recebeu influências de vários
continentes, desde os portugueses europeus até o povo africano e suas várias
culturas.
Turbante – De onde vem
O turbante é uma grande tira de pano de até 45 metros de
comprimento enrolada sobre a cabeça. Seu uso é muito comum na Índia, em
Bangladesh, no Paquistão, no Afeganistão, no Oriente Médio, no Norte da África,
no Leste da África (principalmente no Quênia), no Sul da Ásia e em algumas
regiões da Jamaica.
A origem do turbante é desconhecida, mas sabe-se que já era usado
no Oriente muito antes do surgimento do islamismo. Lá, ele é usado pelos homens
e tem a função religiosa de demonstrar e reforçar a fé. Infelizmente, depois do
atentado de 11 de setembro, o uso desse tipo de turbante no exterior também é
associado com o terrorismo.
No Oriente, não são apenas os islâmicos que usam o turbante como
símbolo da fé. Os adeptos da religião monoteísta indiana Sikh, também fazem uso
desse adereço. Nesta religião, os homens e mulheres não devem cortar os cabelos
e sim utilizar os turbantes para envolvê-los. Na Índia, eles ainda são utilizados
para proteger a cabeça do clima severo do deserto e representam a casta de quem
o usa, o status financeiro e a religião.
África
Na África, o turbante é parte da cultura do povo, onde os costumes
e roupas tradicionais traziam tecidos enrolados no corpo e os turbantes fazem
parte dessa indumentária complementando o conjunto. Eles são usados por homens
e mulheres e cada amarracão e torção tem um significado diferente.
O Ojá é um tipo de torço ou turbante usado na cabeça nas religiões
tradicionais africanas, religiões afro-americanas, religiões afro-brasileiras,
podendo ser de vários tipos e cores. Os turbantes tem funções sociais,
religiosas e claro, fazem parte da moda e do estilo africano.
Nas religiões africanas, o turbante é um elemento e elo com a
nossa dimensão espiritual. O uso do turbante e suas variadas cores carregam
significados profundos. Ele é usado para proteger a cabeça que simboliza os
pensamentos e a fé no divino.
Brasil
No Brasil, o uso do turbante foi introduzido pelos negros vindos
da África através do tráfico de escravos. As mucamas usavam saias, blusas leves
e soltas, panos e xales nas costas e turbantes nas cabeças. Os tecidos podiam
ser coloridos ou não. As roupas não eram muito diferentes dos costumes usados
no país de origem, mas pela condição de escravo, o vestuário era limitado.
Entretanto, os costumes e vestimentas africanos eram reproduzidos no Brasil,
distinguindo e afirmando a identidade cultural negra.
O uso de turbantes no Brasil é muito comum no Estado da Bahia, em
Salvador, cidade do mundo fora da África que tem uma forte tradição da cultura
negra, devido a grande quantidade de escravos africanos que foram trazidos para
o país. As culturas Hausa e Yourubá trouxeram seus costumes e cultos que foram
amplamente introduzidos e misturados ao caldeirão cultural brasileiro.
Mundo
Na Europa, o comércio tratou de estabelecer as relações entre
Oriente e Ocidente, facilitando as trocas de costumes e culturas. Já no século
XVIII, o turbante era usado como item de moda pelas mulheres francesas. Por
volta de 1920, o costureiro francês Paul Poiret trouxe os turbantes de volta ao
cenário fashion. Coco Chanel também aderiu ao acessório. A moda se popularizou
no final dos anos 30, e muitas atrizes de Hollywood apareceram retratadas com
glamorosos turbantes. No Brasil, Carmen Miranda adotou o turbante no seu
figurino. Nos anos 60, o turbante ressurgiu novamente como símbolo da cultura
negra, nos movimentos que lutavam pelos direitos civis contra a discriminação e
o preconceito.
Miscigenação e apropriação cultural
Quando queremos afirmar nossa cultura com toda a força que ela tem
não podemos deixar de lado as nossas influências vindas de outros países,
simplesmente porque elas são parte, processo, ingredientes principais do nosso
cozido brasileiro. Não podemos falar do Brasil sem falar da África, de
Portugal, dos índios brasileiros e de quem nos tornamos.
O nosso país é fruto de uma miscigenação entre povos e culturas
bem diferentes. Apropriamos da cultura um do outro no passado e no presente. Este
é um processo irreversível, é natural e pode ser muito rico, se feito como uma
troca, um enriquecimento cultural e histórico. A apropriação cultural é
indevida somente quando se toma a cultura do outro como sua e não se reconhece
e valoriza o outro.
No Brasil, ainda precisamos lutar muito pela valorização da
cultura negra, ainda que tenhamos um país majoritamente de negros e
afrodescendentes. Enquanto o preconceito racial sobreviver por aqui, seja pela
falta de autoaceitação, ignorância e intolerância, é preciso reafirmar,
cultivar e promover nossas origens culturais como um ato político, antes de
tudo.
A História da África é de um continente ainda muito frágil
politicamente, desde o tráfico negreiro até os conflitos civis atuais, que
envolvem interesses políticos e grupos religiosos. É preciso compreender que a
cultura africana, embora seja ríquissima e tenha conexões com países de quase
todo o mundo, ela também carrega uma história de dores, preconceito e
discriminação.
A África é um continente que espalhou sua cultura pelo mundo muito
antes da globalização, dos computadores e da internet. Essa cultura tão forte,
tradicional e marcante tem influenciado e proporcionado trocas culturais
valorosas em todo mundo.
Para o povo africano e afrodescendentes de todo mundo, o turbante
é a busca pela tradução da valorização de sua identidade. Como qualquer
elemento da moda, ele partiu da evolução das indumentárias, e tornou-se um
acessório na moda através dessa transformação, mas sem perder seu valor
cultural.
No Brasil, especialmente, somos afrodescendentes da cabeça aos
pés, seja na comida, na música, na dança, nos costumes, no vocabulário ou na
moda. O turbante está aí para mostrar o quanto nos cai bem este acessório
exuberante, simples, chique, moderno, tradicional, descolado e glamuroso.
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ATIVIDADE:
-
Após realizar a pesquisa, escolha uma imagem ou texto, que chamou sua atenção e
utilizando folha de sulfite, lápis grafite preto ou lápis de cor, faça um
grafite (desenho) na folha de sulfite ou caderno sobre o tema escolhido
(cocares e turbantes), tire uma foto e envie para o email da sala de leitura: chojirosegawasaladeleituracs@gmail.com até o dia 23/11/2020, estes
trabalhos poderão ser entregues em dupla ou trio.
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