Roteiro de atividades da professora Liliane Disciplina: Língua Portuguesa e Literatura Turmas: 2o C e D; 3o A,B,C e D

Roteiro de atividades da professora Liliane

Disciplina: Língua Portuguesa e Literatura
Turmas: 2o C e D; 3o A,B,C e D

https://drive.google.com/drive/u/0/folders/1F57oKHTh4RJvapKFLHqEDAXwuPTX1w3B

Conteúdo: resenha crítica
Habilidade: Ler e escrever textos críticos argumentativos
Posicionar-se criticamente perante o futuro por meio de textos verbais.
Metodologia ativa: ensino híbrido
Atividade 1
Reconhecendo o gênero textual resenha crítica
Responda no caderno às seguintes perguntas:
1) Qual foi o último filme ou peça de teatro que você assistiu? Escreva um pequeno
resumo sobre ele.
2) Você o recomendaria para seus amigos? Por quê?
3) Você sabe o que é uma Resenha Crítica? Explique.
Leia os textos abaixo e depois responda o que se pede:
Texto 1
SINOPSE E DETALHES
Não recomendado para menores de 16 anos
Em Coringa, Arthur Fleck (Joaquin Phoenix) trabalha como palhaço para uma agência de
talentos e, toda semana, precisa comparecer a uma agente social, devido aos seus
conhecidos problemas mentais. Após ser demitido, Fleck reage mal à gozação de três
homens em pleno metrô e os mata. Os assassinatos iniciam um movimento popular contra
a elite de Gotham City, da qual Thomas Wayne (Brett Cullen) é seu maior representante.

http://www.adorocinema.com/filmes/filme-258374/

Texto 2
Coringa
A risada do palhaço
por Francisco Russo
Quando Christopher Nolan assinou contrato para Batman Begins, trouxe consigo
a proposta de uma aventura bem mais sombria, condizente com o clima pesado das ruas
de Gotham City. Por mais que tenha sido extremamente bem sucedido, havia ainda
limitações dentro de tal proposta no sentido de manter os filmes do Homem-Morcego
dentro de uma classificação indicativa acessível a todo público. Em Coringa, Todd
Phillips vai além e entrega um filme sujo, corajoso e transgressor, tão condizente com a
essência de seu personagem-título quanto com a ideia de uma Gotham City caótica,
decadente e sem qualquer regra. Ainda bem.
Neste sentido, é muito interessante como este Coringa dialoga com o histórico do
personagem, tanto no cinema quanto nos quadrinhos. Sem qualquer referência prévia,
trata-se de uma história original que reinventa características básicas do personagem, sem
jamais modificá-lo de fato ou citar quaisquer de seus antecessores. Ao mesmo tempo, se
apropria da memória coletiva em relação às versões anteriores, não propriamente no
sentido de compará-los mas de saber previamente do que o personagem é capaz: o
Coringa é doentio e não vê problema algum em ser extremamente violento, o espectador
sabe bem disto. Tal consciência traz ao filme um clima de tensão onipresente,
especialmente quando os primeiros indícios da eclosão do Palhaço do Crime começam a
vir à tona.

Por outro lado, Todd Phillips também manipula a narrativa de forma que a loucura do
Coringa, ou melhor, de Arthur Fleck seja não apenas justificável como, em um primeiro
momento, quase perdoável. A partir de um minucioso estudo de personagem
acompanhamos a saga de Arthur a cada novo fracasso, assistindo à mudança da meiguice
inicial de Joaquin Phoenix rumo a um personagem cada vez mais duro e decidido, em

todas as etapas de uma transformação decorrente muito mais dos vícios da sociedade do
que por falhas suas. Não há pressa em buscar sequências emblemáticas, apenas o tempo
necessário para justificar cada passo dado. Quando elas surgem o mérito é todo do roteiro,
por respeitar este tempo próprio de desenvolvimento, e, é claro, de Joaquin Phoenix,
absolutamente soberbo.

[...]
Paralelamente, o roteiro escrito por Scott Silver e o próprio diretor traz um
verdadeiro achado, ao estabelecer um subtexto político em torno da transformação
de Arthur Fleck no Coringa. Pouco a pouco, a luta de classes chega a Gotham City
de forma absolutamente orgânica, com direito a uma referência deliciosa
a Tempos Modernos, provocando um levante dos oprimidos junto à elite local,
cujo representante maior é... Thomas Wayne. Sim, Coringa também passa pela
origem do Batman, mais uma vez dialogando com a memória coletiva, entregando
uma versão inédita de uma história pra lá de batida.

Claramente inspirado nos filmes urbanos de Martin Scorsese, em especial Taxi
Driver com sua estética das ruas e fotografia suja, Coringa ainda apresenta uma apurada
direção de arte na construção deste filme de época e um figurino preciso, surrado e ao
mesmo tempo recorrente às roupas e cores usuais do personagem-título. Em relação ao
restante do elenco, claramente ofuscado por Phoenix, merece destaque a desenvoltura
de Robert De Niro como o apresentador de TV Murray Franklin, óbvia referência
(invertida) ao seu papel em O Rei da Comédia, dirigido pelo mesmo Scorsese lá em 1982.
Violento e de uma efervescência política vibrante, Coringa é um novo capítulo na
história do Palhaço do Crime que será lembrado por muitos e muitos anos. Entretanto,
independente de sua ligação prévia, trata-se também de um filme brilhante pela forma
como foi construído: a partir de um fundo psicológico calcado apenas na vida real, de
forma que sua transformação seja verossímil não só em Gotham CIty, mas em qualquer
cidade nas mesmas condições de desigualdade social. Fascinante.
Filme visto no Festival de Toronto, em setembro de 2019.

Disponível em:http://www.adorocinema.com/filmes/filme-258374/criticas-
adorocinema/

Texto 3
Assista:
https://www.youtube.com/watch?v=9v2QQCr6B3Y
Texto 4 - Espetáculo teatral infantil – “MÚSICA URBANA”

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